Da persistência nasce a obra,
o entendimento, a olhar que nos olha.
Exactidão perscrutada, perfeição do ser quase
em instante de solidão que se arremessa
e se atira para o vácuo buraco olvidado.
On jette toujours un coup d’oeil.
À tout! À tous!
À tout! À tous!
E espreitamos assim – sempre! –
o abismo, as rochas, o mar profundo,
o espelho côncavo que nos reflecte.
Fixam-se os olhares, intensifica-se a atenção
qual lugar para onde, projecção ilimitada
- espaço de reciprocidade infinda e inabalável-,
metamorfose do celeste númen
ao canto de uma estrada,
por entre roupas usadas e andrajosas.
O Caos, a vida repentina e estonteante
envolta de divinos véus e palavras.
Olhos vidrados de olhar!
Olhos vidrados de olhar!
Da persistência desponta a obra,
comunhão absoluta de desejos inesgotáveis.
De olhos postos em Outro-de-si,
quando olhar o Outro é perder-se de si.
(Troyka Manuel)
Persistentemente chegas onde queres chegar... ao profundo do teu ser e ao ser do outro, tocando-o de mansinho...continuação de bom trabalho!
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