Hoje sou louco, aventureiro,
moribundo reencontrado
no cais da minha Alma.
Embarco e atravesso os mares
da pesada e negra madrugada.
Enfrento medos e tempestades,
o mar revolto de mim em-mim.
Velejo entre conchas outrora tenebrosas.
Gigantes. Assombradas.
Adamastor a dobrar
em mau tempo esperado-de-tranpor.
Monstros recriados em torturas imaginadas.
Hoje sou louco, aventureiro
do tempo perdido-reencontrado,
linha-limite por si superada.
Ilha em falsa erosão (e eu crente!)
que reencontra o Continente-de-si.
Hoje vislumbro uma luz ténue e trémula:
Reencontro do que um dia já fui.
Arco com flecha certeira.
Convicto Tritão, amante de uma Sereia incógnita.
(Troyka Manuel)