O meu Blog

O Blog "Verba Volant, Scripta Manent" foi criado no âmbito de um exercício académico. Desde então, e por forma a dar alguma continuidade à experiência iniciada na blogosfera, mantém o objectivo de partilhar alguns textos pessoais, bem como outros materiais literários do nosso interesse.

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Porque as palavras faladas voam... e a palavra poética, tantas vezes, fala por si... e permanece... sempre!

sábado, 11 de janeiro de 2014

Pretérito Presente

Eram asas pesadas graves contritas 
chãs de terra e por terra
ausência de luz num canto discreto
eram asas paradas cansadas 
bonança doente mareada
um voo raso que não chegou a levantar
Foram asas fechadas anquilosadas

São asas abertas um caminho em direcção
asas que descobrem asas outras
lustrosas de espelho-vento que sopra e agiganta
asas que se cansam e se fecham e se abrem
asas que reconhecem asas
abrigo-luz de um passo toque um fôlego
de outras tantas iguais que hoje se abraçam

Eram asas pesadas
Foram asas fechadas
São asas que cobrem e afagam
e em colos de penas se deixam deitar
(Troyka Manuel)

2 comentários:

  1. Gostei muito...asas que nos protegem e afagam e nos permitem, quem sabe, também voar!
    Continuação de bom trabalho!

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  2. “– Por que será – interrogou-se Fernão – que a coisa mais difícil do mundo é convencer um pássaro de que é livre e de que pode prová-lo a si mesmo se se dedicar a treinar um pouco?” , in Fernão Capelo Gaivota

    Voa meu anjo alado. Gosto muito de ti. Beijos.

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