O meu Blog

O Blog "Verba Volant, Scripta Manent" foi criado no âmbito de um exercício académico. Desde então, e por forma a dar alguma continuidade à experiência iniciada na blogosfera, mantém o objectivo de partilhar alguns textos pessoais, bem como outros materiais literários do nosso interesse.

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Cesário Verde (in memoriam)

Olho as luzes longínquas
onde a vida acontece e se faz.
Permanentemente.
Guardo a memória do calor,
a lembrança de um olhar,
o sorriso de ouro fundido.

É quase madrugada
e o mundo pára... deixa de ouvir
as melodias do Encontro-Agora,
o brilho térreo, a vida galopante, 
o tilintar dos copos felizes.

Horas mortas que se escondem
(e nos escondem abrigados de nada),
horas vãs, vazias, veladas.
Tudo se transforma 
em bruma poeirenta e húmida,
frio caldoso de uma chuva memorável
que nunca chegou a cair.


(Troyka Manuel)

3 comentários:

  1. Na fogueira dos sentidos queimamos a carne
    as línguas do fogo nos trespassam, rasgam-nos feridas, fendas...
    Mas, nas asas do sonho cavalgamos agruras, arquétipos, encontramos caminhos, vencemos montanhas...
    e na estrela da manhã encontramos sorrisos!
    Tens sempre um ombro onde ancorar o teu naufrágio...
    Beijo

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    Respostas
    1. È necessario haver a madrugada para nascer o dia... não te percas nas horas mortas!
      Continuação de boas partilhas.
      Abraços.

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  2. «Guardo a memória do calor,
    a lembrança de um olhar,
    o sorriso de ouro fundido.»

    Lindo poema! Adorei. Muito bem acompanhado musicalmente!
    Beijo

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