Cresce um fumo tardio nas horas lentas,
afugentam-se os bichos, a derradeira luz do dia.
Serve o abismo aos homens loucos,
retardados, génios ou coristas.
retardados, génios ou coristas.
Imprimo a devoção titânica do devir,
a concha, a espuma, a areia que se escorre.
Todo o medo se mede e se move
na intransponível praia de ti,
ilha isolada em névoa fechada.
E aí te encolhes em fuga quieta.
Inquietante estado de alerta.
Pânico!
Inquietante estado de alerta.
Pânico!
E permaneces, porém.
Só de alma molhada.
Só de alma molhada.
Escreve uma carta de despedida
e segue a luz que te chama!
Acorda! Ressurge! Canta e grita!
Solta os grilhões que te impedem de ver.
Abram alas! Abram pórticos e portadas!
É hora! É hora!
Renasce a besta sadia,
o caos em gravidez de risco,
a vida inteira em descoberto!
(Troyka Manuel)
Aqui sim já temos "esperança"... gostei muito.
ResponderEliminarContinuação de bom trabalho!