Cai a noite na sua severidade terrível,
a luz ausente, as sombras cavernais
inimigas do arquétipo.
São fachos de luz que se apagam
num trémito e pérfido acesso trágico.
fundem-se o céu e o mar
numa irmandade incestuosa
e os limites (barreiras do palpável)
deixam de ser regulares e tangíveis.
Tudo estremece na noite escura.
Tudo é pardo, informe e medonho.
Só a luz-dia do devir
pode trazer a chama roubada,
eterna vítima do olhar,
para sempre opaca em transparência.
(Troyka Manuel)
A lembrar o terror medieval da "noite"... Que a luz do dia te "conquiste".
ResponderEliminarFernanda Cardoso
ResponderEliminar"Só a luz-dia do devir
pode manter a chama roubada,
essa eterna vítima de ser
para sempre opaca em transparência."
Adorei ler-te meu amigo, que sempre consigas manter essa chama "ACESA"
Beijinhos ***
Adorei! Continue. É sempre um prazer ler os seus poemas! Beijos
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