sem cessar
hoje vivo quase sempre sozinho
paciência
os momentos de infelicidade estão esquecidos
uma pétala de luz percorre as linhas da mão
o rosto é aquele que sonhei
e não o que a noite dos espelhos tenta dar-me
eis o retrato de meu único amigo
a quem tudo revelo
o que me cresceu no coração
Al Berto
in Uma existência de papel
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ResponderEliminarAo belo, mas duro poema de Al Berto, contraponho o da esperança de Mia Couto.
ResponderEliminarComeço a chorar
do que não finjo
porque me enamorei
de caminhos
por onde não fui
e regressei
sem ter nunca partido
para o norte aceso
no arremesso da esperança
(Mia Couto)
Muito obrigada. Gosto muito da poesia de Al Berto. Pode ser dura sim mas, é muito bela. Aqui fica uma pequenina repleta de muito sumo.
ResponderEliminarE ao anoitecer
e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia
Al Berto, O Medo.
Muito obrigada. Gosto muito da poesia de Al Berto. Pode ser dura sim mas, é muito bela. Aqui fica uma pequenina repleta de muito sumo.
ResponderEliminarE ao anoitecer
e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia
Al Berto, O Medo.